Mas é claro que SIM e essa é uma das principais tendências do momento.
Boa parte das pessoas que viveram o trabalho remoto entenderam em mais ou menos tempo que há inúmeras vantagens: menos deslocamento, menos tempo de preparação para as reuniões, menor custo com infraestrutura, mobilidade, menos stress, mais diversidade - possibilidade de formar times com pessoas que moram em qualquer lugar, entre outras.
No entanto, todos percebemos ao longo desse período de isolamento obrigatório o quanto o escritório também é importante - para a dinâmica de determinadas reuniões, como alternativa ao ambiente às vezes “misturado” da casa ou simplesmente para criar variedade de espaços para a rotina da semana.
E é exatamente nessa linha que funciona o caminho que está se delineando para um escritório de projetos - tornar-se apoio, um suporte, algo opcional, mas necessário.
Em tese, não é mais preciso que o escritório seja capaz de abrigar todas as pessoas trabalhando juntas ao mesmo tempo, não é preciso que ele centralize as soluções de informática, o acervo de pesquisa ou as impressoras (cada vez mais obsoletas) de um escritório de projetos, portanto o foco da estrutura física deve ser o suporte às pessoas que trabalham, ao encontro e às reuniões que exigem mais infraestrutura de base.
Temos visto escritórios que ocupavam 5 ou mais salas se remodelar em apenas 3, com muito menos estações de trabalho e a mesma produtividade, assim como temos visto escritórios que ocupavam uma única sala se diluindo completamente na nuvem. Isso é uma tendência, uma onda que você pode decidir pegar ou não, mas saiba que estruturas assim estão se tornando cada vez mais desejadas pelos melhores profissionais do mercado.
As pessoas querem a liberdade de acordar e dizer “não estou bem, vou trabalhar de casa hoje” ou de marcar com um colega para tomar um café da sala de reunião 1 discutindo presencialmente o detalhamento de um projeto.
É essa liberdade que encanta os times mais modernos.
Entenda que a pandemia em nada favoreceu o verdadeiro modelo de trabalho remoto, pois ao contrário do que se espera desse formato, todos estivemos presos. Ninguém podia e muitos ainda não podem escolher trabalhar de casa, do escritório ou de uma cafeteria, portanto estivemos todos podados do melhor do remoto - a LIBERDADE!
A única vantagem forçada por esse período é que todos nos obrigamos a usar determinadas ferramentas e entendemos, mesmo que meio forçados, o quanto elas podem facilitar nosso dia a dia e, uma vez que experimentamos isso, entramos em um caminho sem volta.
Pois bem, o cuidado que você precisa ter ao voltar e decidir ativar um modelo chamado de híbrido (meio online e meio offline) é o de privilegiar o remoto. Se as pessoas no presencial tiverem acesso a informações e ferramentas não disponibilizadas para quem estiver remoto ou disponibilizadas para estes numa velocidade muito diferente, você estará fomentando o desalinhamento e a coisa não vai funcionar.
Se você vai ser híbrido, entenda que O REMOTO MANDA, portanto, entre outras coisas, é preciso cuidar para que:
. as ferramentas de distribuição e acompanhamento das tarefas do time sejam digitais - macroplanejamento e scrum.
. as atas de reunião sejam disponibilizadas online.
. o resultado de todos os sprints de produção estejam na nuvem do escritório e as revisões e correções desse material sejam igualmente realizadas na nuvem.
. exista clareza quanto às ferramentas de comunicação utilizadas e seu momento de uso, favorecendo a comunicação assíncrona.
As pessoas à distância precisam estar tão confortáveis quanto aqueles que decidiram estar presenciais em um determinado dia e isso é uma questão de CULTURA, de valores que precisam ser perseguidos por todos e principalmente pelos líderes da operação.
Escolha o seu caminho, faça sua parte e traga a maior quantidade de pessoas com você.
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